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Um velho juiz aposentado recorda um episódio ocorrido quarenta anos antes, no fim da Segunda Guerra Mundial, quando prestava serviço como oficial da política judiciária militar no quartel-general das forças norte-americanas de ocupação da Alemanha.
As autoridades militares soviéticas pedem aos seus aliados americanos a extradição de um tenente alemão, acusado de ter exterminado a população de uma aldeia russa. Os norte-americanos, por mera questão de forma, decidem averiguar primeiro se o alemão cometeu de facto o crime…
E é aqui que tudo principia…
Os velhos métodos de tortura física durante o interrogatório, não resultam. O alemão declara preliminarmente que se o torturarem confessará tudo o que quiserem – o que de antemão torna nulo o valor de qualquer admissão de culpa!
Os norte-americanos recorrem então a um “mestre”, que vai utilizar outros métodos, muito mais subtis, para arrancar a verdade ao prisioneiro. Serão esses métodos mais “humanos” que os clássicos tormentos utilizados desde tempos imemoriais? Esses tratos de polé psicológicos, que não ofendem a integridade física do prisioneiro, mas que lhe vão surpreendendo aos poucos os pontos vulneráveis, serão meios que o fim justifica?
Que são mais eficazes que a tortura física, isso é evidente – nenhuma fortaleza de alma lhes resiste! Dostoievski poderia ter assinado este romance tenebroso que sonda os abismos mais profundos da natureza do homem quando empenhado naquilo que para ele é o mais arrebatador dos desportos: caça do seu semelhante!