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A CIDADE DO VÍCIO –
Fialho de Almeida
Livraria Clássica Editora
7ª Edição - 1932
Páginas:325
Dimensões: 185x120 mm
Encadernação: Capa dura
Peso: 310
Exemplar bem conservado sem rasgos.alguns picos de acidez no corte
PREÇO:10.00€
IS 1543325890
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A Cidade do Vício, de Fialho de Almeida, é uma obra marcante do realismo/naturalismo português, embora com características muito próprias que a tornam singular dentro desse movimento.
ENQUADRAMENTO GERAL DA OBRA
Cidade do Vício não é um romance tradicional com enredo linear. Trata-se antes de uma colectânea de textos em prosa, muitos deles com forte carga crítica, satírica e panfletária, onde Fialho traça um retrato impiedoso da Lisboa do final do século XIX, vista como um espaço de decadência moral, social e política.
A “cidade” do título é, de forma transparente, Lisboa, apresentada como um organismo doente, corrompido por:
hipocrisia social
miséria urbana
corrupção política
degradação moral
falsa respeitabilidade burguesa
TEMAS CENTRAIS
Entre os temas mais relevantes da obra destacam-se:
Crítica feroz à burguesia lisboeta, acusada de imoralidade, ociosidade e cinismo
Denúncia da pobreza e marginalidade urbana, observadas com um olhar cru e muitas vezes cruel
Decadência cultural e intelectual do país
Desencanto com Portugal, muito típico da chamada Geração de 70 (embora Fialho nunca se tenha integrado totalmente nela)
ESTILO LITERÁRIO
O estilo de Fialho de Almeida é um dos aspectos mais notáveis da obra:
Linguagem exuberante, violenta e excessiva
Uso frequente de hipérboles, imagens grotescas e metáforas agressivas
Tom sarcasticamente moralista, apesar do pessimismo profundo
Influência clara do naturalismo, mas com uma escrita muito mais expressionista e pessoal
Fialho não pretende ser neutro: escreve para provocar, incomodar e acusar.
IMPORTÂNCIA DA 7.ª EDIÇÃO (1932)
A 7.ª edição de 1932, publicada pela Livraria Clássica Editora, confirma que a obra continuava a ter relevância décadas após a morte do autor (1911). Nesta altura:
Fialho já era visto como uma figura central da crítica social portuguesa
A obra era lida tanto pelo seu valor literário como pelo seu documento histórico sobre Lisboa oitocentista
Mantinha actualidade pela persistência dos vícios que denunciava
IMPORTÂNCIA NA LITERATURA PORTUGUESA
A Cidade do Vício é hoje considerada:
Uma das obras mais contundentes da prosa portuguesa do século XIX
Um retrato literário essencial da Lisboa decadente
Um exemplo extremo de escrita crítica e mordaz, difícil de enquadrar em rótulos simples