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1946 - Edições Crisos.
Colecção Popular - N.º 5.
Um retrato sombrio da natureza humana, mais especificamente da aristocracia inglesa do século XVIII. Victor Hugo parte do grotesco e da deformidade plantada cirurgicamente na face de uma criança de sangue nobre traficada a mando do rei Jacques II para desvelar as mazelas e desmandos de uma sociedade decadente moralmente. A deformidade é um riso rígido e eterno que catapulta um ser humano na plena miséria e na desvalida vida de saltimbanco e pelotiqueiro. Esse ser chama-se Gwynplaine, ou o homem que ri, mas que no fundo não ri e é alvo de contantes risos e humilhações no decorrer da obra. Os risos de várias nuances desvelam as características satânicas de uma aristocracia que vive a massacrar o povo de excluídos e explorados e onde o individualismo desponta repulsivamente na corte e no mundo dos lordes. O sublime e a bondade pode ser vislumbrado nos personagens da cega Dea, do misantropo Ursus e do lobo domesticadoe Homo, representantes das castas mais baixas da sociedade que, juntamente com Gwynplaine, atravessam miseravelmente suas existências. Mas a bondade e o amor que deles irradiam nunca esmorece e são como que fortalezas em suas almas iluminadas, o que não ocorre no mesquinho mundo aristocrático, muito bem denunciado por Hugo nessa grande obra que permanece atual.
Capa mole, 352 páginas, 18,5 x 12,5 cm.
Com sinais de desgaste no exterior, decorrentes da avançada idade.
"O Homem que Ri - Volume I", por Vítor Hugo.