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Água no Mar, de João Carlos Abreu, poeta mensageiro do sonho impossível, procura a síntese entre o mundo do autor e o arquétipo obsessivo que é a ilha.
Às vezes, e o desencanto aparece como o gritar sufocado da gaivota ferida na vertigem do abismo o apelo ao mar, às manhãs claras, às pedras brancas, ou ao ventre da terra vale como imediato exorcismo, o claro-escuro da própria condição humana incerta e virtualmente indefinida.
Ao poeta, homem presente no tempo nada lhe foge. E o que filtra, essa Água no Mar, é testemunho fiel de um mundo onde a violência ou paz, ódio e indiferença, silêncio ou rumor, são ferretes a moldar o nosso quotidiano.
A ilha e o mar tudo redime. Pacto absoluto para o qual nenhuma regra se estabelece. A ilha é paradigma de vida e de morte: ilha minha/lava de fantasma
O poeta sinaliza o que nos cativa: Deixa que o vapor saudade / atravesse no coração o que ou que nos dói no ódio das manhãs.
Água no Mar, um testemunho mais de alguém que sempre percorre todos os caminhos com os olhos do deslumbramento. Com o coração não camuflado, sem transigências fáceis ou tentação ingrata de ingressar na alma de ninguém.
Capa Mole
58 Páginas