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O Ano 1905, de Boris Pasternak (Porto Editora, s/d.), é um pequeno volume (71 pp.) que traz ao leitor português uma peça marcante da poesia russa do século XX: o longo poema, em que Pasternak trabalha, em tom épico-lírico, a memória e a atmosfera da Revolução Russa de 1905.
Nesta edição, o texto surge precedido de um estudo de Benjamin Goriely (1898-1986), escritor, jornalista e tradutor de russo para francês – nascido em Varsóvia, mas que acabou por adotar a cidadania francesa –, que contextualiza a obra e ajuda a situar Pasternak no panorama literário e político do seu tempo.
Boris Pasternak (1890-1960) é hoje lembrado, sobretudo, como o autor de Doutor Jivago e como um dos grandes nomes da literatura russa moderna. Em 1958, recebeu o Prémio Nobel da Literatura, mas a pressão das autoridades soviéticas levou-o a recusar o prémio.
Em O Ano 1905, porém, encontramos o Pasternak poeta: a escrita combina intensidade imagética, atenção ao drama coletivo e uma vibração íntima que transforma o acontecimento histórico em experiência humana.
A tradução do francês é de João Apolinário (1924-1988), poeta e jornalista português que combateu o Estado Novo e viveu anos de exílio no Brasil, o que dá a esta edição um interesse acrescido para quem coleciona livros ligados à história cultural e política do século XX.
Se procura literatura russa em edição antiga, um livro curto, mas denso, e uma porta de entrada para Pasternak para lá do romance, este exemplar é uma escolha segura – e ainda por cima segue com envio incluído (correio editorial nacional).
- Encadernação: capa mole
- Ano: s/d
- Páginas: 71
- Dimensões: 22 x 13 cm