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Publicado em Lisboa pela Seara Nova, na coleção “Cadernos da Seara Nova” – Secção de Estudos de Arte (n.º 57), Duas Formas de Expressão Opostas na História da Arte é um pequeno ensaio (apenas 27 páginas) em 2.ª edição (1943) que condensa, com rara clareza, uma ideia-chave para quem gosta de história da arte: ao longo dos séculos, a criação artística oscila entre duas tendências fundamentais.
Por um lado, Myron Malkiel-Jirmounsky descreve a arte imitativa, que observa a natureza, privilegia a fidelidade às formas, às cores e ao espaço, e procura uma objetividade “visível” – típica de vários momentos do realismo e do classicismo. Por outro, apresenta a arte conceptual/simbólica, que simplifica, deforma ou reinventa o mundo sensível para exprimir ideias, crenças, emoções e visões interiores, aproximando-se do mito, do símbolo e da construção mental. A partir desta oposição, o autor sugere como diferentes épocas e estilos podem ser lidos como escolhas entre imitação e interpretação, entre o “olhar” e o “significar” – uma excelente porta de entrada para debates que continuam atuais (naturalismo vs. expressão, figurativo vs. abstrato, “forma” vs. “sentido”).
O autor, Myron Malkiel-Jirmounsky (1890-1974), foi um historiador de arte de origem russa com trabalho ligado a Portugal, mantendo contactos com figuras centrais da historiografia artística portuguesa.
Se procura um livro raro e curto, perfeito para leitura rápida, estudo ou para enriquecer uma biblioteca sobre estética e crítica de arte, este caderno é uma ótima escolha. O meu exemplar (capa mole) está em bom estado, com miolo limpo, sem sublinhados, apenas com o natural amarelecimento do papel – e o preço inclui envio em correio editorial nacional.
- Encadernação: capa mole
- Ano: 1943
- Páginas: 27
- Dimensões: 19,2 x 12,3 cm