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Edição Campo das Letras de 2007
Tradução de Ana Saldanha
Setembro de 1975: Luanda, a capital de Angola, está cercada. Gigantescos caixotes de madeira, cheios com todos os bens móveis imagináveis, amontoam-se nas docas. Os portugueses e os seus haveres estão de partida, abandonando a cidade de Luanda a filas e filas de carros muito bem estacionados, a matilhas de cães de luxo tornados vadios - a um vazio e desolação crescentes.
Ryszard Kapuscinski visitou Angola para fazer a cobertura da última fase da luta que pôs fim a quatrocentos anos de domínio colonial português. Viajando pelo campo, deparou-se com uma guerra bizarra e mortífera dentro da guerra pela independência nacional. Três exércitos de guerrilha maltrapilhos estão envolvidos numa batalha sangrenta para decidir quem governará o país libertado - um jogo brutal, em que os jogadores mal se distinguem uns dos outros.
“Guerrilheiros, refugiados, espiões e o repórter solitário a quem se acabara o dinheiro para a comida semanas antes, ligado ao mundo exterior por uma linha de telex vulnerável. Kapuscinski está no meio dos acontecimentos. Vai à linha da frente, desloca-se de avião a guarnições isoladas, atravessa de camião centenas de quilómetros de mato hostil...consegue captar o anedótico, o gesto, a frase, o universal, expresso através do particular.”
SUNDAY TIMES
“O livro parece mais enformado pelo olhar do romancista do que do jornalista. Poderia ser de um Graham Greene ou de um V. S. Naipaul... fragmentário, anedótico e impressionista. Este olhar idiossincrático e a forma lacónica e cândida como regista as suas observações são o que torna Mais um Dia de Vida tão memorável.”
NEW YORK TIMES BOOK REVIEW