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Sala 4
Presumo estar certo ao considerar José Saramago um escritor essencialmente de alegorias. É o que acontece em “ a Caverna” que acabei de ler recentemente apesar da primeira edição ser já do ano 2000. Utilizando a alegoria da caverna, de Platão, vemos como José Saramago trata os centros comerciais como a caverna onde tudo é ilusão de felicidade, abundância. O que na realidade é como na caverna de Platão, uma ilusão, uma falsa imagem dada aos que aí dentro se movem.
Em Platão o homem libertava-se da ilusão que vivia na caverna saindo para a luz, a verdade, as ideias. Em “A Caverna” de Saramago verifica-se a saída do mundo real, para a entrada no mundo onírico, fantasioso da caverna. Um mundo que elimina a vida natural, destrói emprego e competências, anula pessoas e torna dependentes os que enreda na malha desse novo mundo.
Capa dura