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DIÁRIO DA PESTE DE LONDRES (1665). *** Daniel Defoe *** Tradução de João Gaspar Simões *** Título original: A Journal of the Plague Year *** Lisboa: Editorial Presença, 1964. Colecção Clássicos – 7; Série Literatura. (19 x 12 cm.) com 349 + [3] pp. Capa dura. Exemplar razoável. Capa com algumas marcas de manuseamento, manchas ligeiras, pequenas perdas de cor em alguns pontos e com um leve desgaste nas margens e na lombada, que apresenta também as extremidades um pouco amachucadas. Tem uma etiqueta, presumivelmente de livraria, colada na parte de dentro da contracapa. Globalmente, apesar de um pouco envelhecida, encontra-se ainda muito sólida e apresentável. Páginas, de um modo geral, bem conservadas e limpas, embora apresentem um tom ligeiramente amarelecido e algumas pequenas manchas de acidez (raras). Tem restos de uma etiqueta de livraria na folha de guarda inicial. *** Primeira edição na editora, da tradução e talvez mesmo portuguesa desta obra clássica de Daniel Defoe, considerado o precursor do romance moderno europeu. Adoptando uma estratégia semelhante ao que fizera já, como enorme sucesso, com a sua mais célebre obra, Robinson Crusoe, Defoe resolve, por volta de 1720, aquando de uma epidemia de peste em Marselha, que causou para cima de 100.000 vítimas, explorar, com fins eminentemente comerciais, o receio existente em Londres de um alastramento e de uma recidiva da peste, que em 1665, vitimara para cima de 200.000 pessoas, pondo-se a reunir elementos para a composição de uma obra que tentou passar como um documento escrito por alguém que tivesse, de facto, vivido esses acontecimentos e constituísse também uma advertência à população londrina quanto aos perigos de uma nova epidemia. Assim, apareceu, em 1722, o célebre A Journal of the Plague Year: Being Observations or Memorials of the most Remarkable Occureences, As Well Publick as Private, Which Happened in London During the Last Visitation in 1865, Written by a Citizen, who continued all the while in London. Escreve João Gaspar Simões: «Evidentemente que nos encontramos perante uma obra da mesma índole do Robinson Crusoe. Enquanto, nesta, um homem vencia todas as dificuldades de vida numa ilha deserta que só lhe podia proporcionar condições de sobrevivência na medida em que ele soubesse tirar partido prático do nada que o rodeava, na nova obra a própria cidade de Londres é que assumia a posição do náufrago naquela. Como iria Londres triunfar das dificuldades tremendas que o cataclismo provocaria na urbe imensa? Eis o propósito de Defoe, e, para esse efeito, lançava mão do processo adoptado na sua obra-prima. Nada era inventado no seu texto, dizia, visto o próprio texto ter sido escrito por uma testemunha da grande peste de 1665. Quem fora essa testemunha? Ele, Defoe? Não, visto Defoe, em 1665, contar pouco mais de cinco anos. E eis que ele concebe um diário que teria sido escrito por alguém que de perto vivera o grande flagelo. (...) Temos então diante de nós um romance? Não. Temos diante de nós o documentário, como hoje se diria, de um acontecimento verdadeiro que Defoe estudou em textos da época e fundamentou na leitura de obras que muito o auxiliaram a apresentar o cenário londrino sob o apocalíptico flagelo como se de facto o tivesse visto, como se ninguém melhor do que ele pudesse testemunhar o que se passara. Eis o que explica o carácter quase estatístico da obra, onde abundam os gráficos, e os dados fornecidos pelos boletins de mortalidade, tudo isto à mistura com histórias verídicas, exclusivamente narradas ou a título provisório ou a título exemplar, consoante atestadas por um conhecimentos dos factos directamente comprovado ou apenas recebidas em segunda mão.» Já pouco comum nesta edição. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70