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ACIDENTE OCIDENTAL. *** Fernando Madureira *** [Sem ind. de local]: Edições Psicofarma, 1972. [Distribuição Multinova – Lisboa]. (Composto e impresso na Nova Lisboa Gráfica, Lda. – Lisboa). (18,5 x 13,5 cm.) com 186 + [6] pp. Capa flexível. Exemplar razoável. Capa com marcas de manuseamento, manchas, pequenos vincos e um pouco gasta nas margens e na lombada. Tem uma pequena etiqueta de livraria colada na parte de dentro da capa da frente. Apesar de algo envelhecida, de um modo geral, está ainda apresentável. Páginas globalmente bem conservadas e limpas, embora apresentem um ligeiro amarelecimento e algumas pequenas manchas (quase só nas primeiras, nas últimas e nos cortes. O corte superior está um pouco escurecido. *** Primeira edição do único livro de ficção do Autor e, provavelmente, a sua mais importante obra, que mereceu a atenção de Luiz Pacheco, que a reeditou na sua editora Contraponto, edição para a qual escreveu também um interessantíssimo prefácio, em 1979, onde faz algumas revelações sobre o Autor, que é praticamente desconhecido: «Tivesse Fernando Madureira frequentado a Faculdade de Letras de Lisboa, ouvido as aulas lucilantes de logogorreia do defunto se bem me lembro prof. Nemésio, chamando-lhe de quarto em quarto de hora ou 4 minutos, conforme a servidão ou lábia próprias, Mestre, com EME mais babado que caca/caquinha de bebé; sido, enfim, colega de carteira e carreira de fulanos tão labiosos como a dupla Davi-Urbanos, estou certo e resseguro: era subsecretário de Estado ou mais... E, depois, dissertando sobre os vários azares do Autor, acrescenta: «não sendo licenciado em nada, Fernando Madureira sabe de tudo. Não pode usar o Dr. antes do Fernando? Não faz mal. A Academia do Café Montecarlo, ali ao Saldanha, em Lisboa, é das mais exigentes, elegeu-o seu honorário, com o epíteto cefálico de ARANHA PELUDA... ...FM era um estupendo camarada, só que não entrava em demagogias de ternurinhas com o vulgo e não estava/andava cá para aturar chatos drs.» E faz ainda uma revelação sobre uma tentativa de suicídio de Fernando Madureira, que envolveu botijas de gás: «escusava FM de se ter suicidado entre o Natal de 1977 e o Ano Novo de 1978. Nessa quadra festiva, qualquer suicida paga uma multa, escolhesse a 4.ª feira de Cinzas. (...) Aviso: devido à sua robustez física, FM ressuscitou ao 3.º dia, risonho e comilão, tal como fui ver a S. José, já com um prejuízo brutal à previdência pós-25 de Abril – vingança de ex-Pum Pum que ele fora? Vai reaparecer com mais romances, poemas e o seu riso insólito, debaixo da boininha. Digo riso sardónico em geral...» Na verdade, o Autor, de seu verdadeiro nome Fernando Rui Osório Leão da Silva, natural, julgo que de Paredes, mas familiarmente ligado a Penafiel, pouco mais viveu, pois acabou mesmo por cometer um “suicídio medonho”, no ano novo de 1980, com apenas 40 anos, deixando uma obra escassa e constituída sobretudo por livros de poemas. Capa de Anita Israel. Foto [na contracapa] de Henrique Fiúza. Autor e livro muito curiosos, a merecerem provavelmente uma reanálise ou mesmo uma descoberta. Pouco vulgar. *** Portes: envio gratuito em correio normal (tarifa especial para livros) * envio em correio registado: 1,70