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Em A Imortalidade somos confrontados com a futilidade e o horror universais, os fast-food, as motos ruidosas, toda a radical «maldade do mundo, e as pequenas, mesquinhas e inúteis fugas a esse panorama desolador, entre as quais avulta a da busca da imortalidade. Não a imortalidade da alma, mas a imortalidade de quem, pela sua vida ou pela sua arte, aspira a deixar de si um sinal ou uma memória imperecíveis. O sexto romance de Milan Kundera emerge a partir de um gesto casual de uma mulher para o seu instrutor de natação, um gesto que cria uma personagem no espírito de um escritor chamado Kundera. Tal como a Emma de Flaubert, ou a Anna de Tolstói, a Agnès de Kundera torna-se num objeto de fascínio, de indefinida nostalgia. A partir dessa personagem nasce um romance um gesto da imaginação que personifica e articula o supremo domínio de Kundera sobre o romance e a sua finalidade: explorar a fundo os grandes temas da existência.
Opinião de Leitores:
Kundera no seu melhor
Maria Teresa Meireles
Para mim, um dos livros mais conseguidos de Kundera. Diferentes tempos e espaços, personagens «reais e fictícias, reflexões sobre a vida, a morte e a imortalidade - o que é a imortalidade? como e quando a conseguimos? (e será que a conseguimos?) Belíssimas reflexões sobre os gestos, as relações entre as pessoas (e a relação entre os gestos e as pessoas que os fazem ou usam). Um livro a ler e, certamente, a reler.
Kundera é imortal
Daniel Fernandes
Quando se vasculha o que mais de doloroso a vida tem, é preciso sabê-lo fazer. Kundera, claramente, não desilude - remexe nas entranhas da morte e atira para cima do leitor a necessidade de refletir, mesmo que não se queira, acerca das mais banais coisas. "Através de obras valorosas se vão da lei da morte libertando". Kundera, a meu ver, está mais que liberto.
Titulo: A Imortalidade
Autor: Milan Kundera
Tradução: Miguel Serras Pereira
Editora: Circulo de Leitores
Dimensões: 24 x 15 cm
Páginas: 330