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Ano:1972
Sinopse:O presente livro, O Autómato, do célebre escritor italiano Alberto Moravia, compõe-se de uma série de quarenta e um contos. São contos-relâmpagos, disparados como flashes, mas profundamente densos, formando, no conjunto, um caleidoscópio fulgurante em que, sucessivamente, se manifestam os mais diferentes aspectos da psicologia do homem e da mulher. Embora as personagens e os ambientes variem, há uma problemática comum a assegurar a esta obra: a unidade na diversidade.
Efectivamente, nesta sequência de contos – em que Moravia se revela um mestre indiscutível na arte de analisar-contar as reacções humanas – encontramos quase sempre um homem e uma mulher que se confrontam, que dialogam, que questionam, que se interrogam sobre as razões ou não razões de viverem em comum. Ocorrem frequentemente ideias de separação e de fuga, sentimentos de não afinidade e de desconhecimento recíproco entre os dois partners de uma ligação amorosa. Perante uma tal situação, é o diálogo que vem a constituir a principal riqueza.
Estranho, invulgar, anormal, mas carregado de significado, acaba por se nos impor verosímil e fazer de nós próprios um dos dialogantes.