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Contra ventos e marés, nasceu, há vinte e cinco anos, o Museu Nacional da Imprensa. «Havia História mais do que bastante para o criar. Um riquíssimo passado de mais de dois séculos - só para falar da imprensa que se assemelha àquela que conhecemos no final de Novecentos e nestas duas últimas décadas. Um acervo documental único, em quantidade e em qualidade. Uma multiplicação de pesquisas - académicas e não académicas -, de indesmentível valia. Uma abertura à recentíssima Museologia, prospetiva, participada, multidisciplinar. E, a somar a tudo isto, um anfitrião óbvio - o Porto, capital da liberdade e do trabalho. Faltava, apenas, curar dos recursos adequados, para recolher espólios, alcançar peças e depoimentos, testemunhas do tempo volvido, e garantira imaginação crucial para atrair os mais jovens. Que se habituaram a uma imagem para substituir milhares ou milhões de palavras. Aí começou a aventura. Otimista realista como sou, persisto em acreditar que esse rumo, de novidade mais do que de acomodamento, vai ser o vencedor. Aquele que primará no futuro. Uma razão de peso ajuda-me a alicerçar essa convicção: a notável equipa que deu e dá alma à Instituição.»
Marcelo Rebelo de Sousa
Lisboa, Palácio de Belém, 14 de dezembro 2022