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No cenário político do reinado de D. José, cuja ribalta foi exuberantemente ocupada pelo Marquês de Pombal, que lugar coube ao monarca?
O reinado de D. José (1750-1757) é dos poucos que escaparam ao geral esquecimento a que foi votada a maior parte dos factos e personagens mais remotos da história de Portugal.
O terramoto de 1755, a reconstrução de Lisboa, os tiros que se dispararam contra a carruagem do rei e a repressão implacável que se lhes seguiu garantiram-lhe um lugar na memória de gerações futuras. No entanto, não é pelo nome do rei que esses anos são em regra conhecidos. O que deles se sabe é, quase sempre, pela interposta pessoa do seu ministro, Sebastião José de Carvalho e Melo, perpetuado na posteridade pelo título de Marquês de Pombal.
Depois das figuras destacadas da expansão portuguesa dos séculos XV e XVI, raras personagens são recordadas por públicos amplos. A esse destino obscuro escapou o valido do rei, por força tanto das celebrações encomiásticas quanto das críticas enfáticas que conheceu, dentro e fora de Portugal, em vida como na morte.
No cenário político do reinado, cuja ribalta foi exuberantemente ocupada por Pombal, qual o lugar que cabe ao D. José? Boa parte das páginas deste livro, agora revisto, centram-se nas relações entre o rei e o ministro, para explicar como se foram tecendo, mas também para apreender nos traços da personalidade e da vida do rei os rasgos que o fizeram enveredar pelo caminho que seguiu, na sombra do valido.